Ter uma idéia de como será o futuro é uma ótima forma de buscar novos empreendimentos. Antever as necessidades que surgirão é sem dúvida um grande trunfo frente aos competidores. Por isso tenho pensado um pouco sobre isso e arrisco aqui o meu palpite. Acredito que será interessante reler isto daqui 20 anos e ver o que acertei. Essas idéias são um resumo sobre o que tenho lido e visto por aí, com um pouquinho de palpite próprio.
Mundo conectado: o mundo será totalmente conectado, a Internet será um serviço tão básico e essencial quanto água e luz. Não só as pessoas estarão conectadas o tempo todo, os objetos e utensílios do nosso dia-a-dia também, desde as nossas roupas até as lâmpadas de nossas casas. Será essa comunicação entre os objetos que irá mudar significativamente o modo que interagimos com o mundo ao nosso redor.
Interface por contexto: as interfaces homem-computador atuais são um grande empecilho para a difusão da computação ubíqua (também conhecida como pervasiva). Colocando em termos curtos, computação pervasiva refere-se à idéia de que em tudo haverá um computador e será de tal forma que sequer iremos perceber que eles estão lá. Uma forma de amenizar esse problema é fazer com que os dispositivos a nossa volta percebam o contexto e reajam da forma apropriada automaticamente. Isso será permitido justamente por essa interconexão dos diversos dispositivos a nossa volta. Um ótimo exemplo estará em nossas próprias casas e no modo como iremos interagir com elas: ao chegar em casa, as luzes se acenderão automaticamente e ao sentar no sofá e olhar para a TV, ela ligará sozinha; ao deitar-se na cama e fechar os olhos, as janelas se fecharão e as luzes irão se apagar; se você estiver escutando música e o telefone tocar, o volume da música irá diminuir sozinho, para voltar ao volume original no fim da ligação; poderia dizer até que a casa será capaz de detectar um clima entre você e sua namorada, com isso irá diminuir as luzes e trocar a música para uma mais romântica automaticamente.
A pirataria não será mais um problema: a mídia de entretenimento e informação como conhecemos hoje será radicalmente diferente. A pirataria não será mais um problema pois a forma como adquirimos filmes e músicas pela internet de forma pirata será o formato de distribuição padrão. O que irá mudar é a forma como as empresas irão capitalizar essas mídias. A variedade de conteúdo será enorme. Personalização e especialização serão palavras chave.
O fim do computador pessoal: o computador pessoal como conhecemos hoje será praticamente coisa do passado. Os dispositivos serão cada vez mais especializados e conectados, permitindo interfaces muito mais eficientes e distribuídas. A interação com o mundo digital será por interfaces muito mais naturais para nós. Assim como temos TV, som e um player de DVD hoje, teremos um servidor em cada casa. Músicas, filmes, fotos, tudo estará em um servidor central (ou distribuído) e os diferentes dispositivos irão conectar-se a ele e moldar e oferecer o conteúdo da forma que lhe parecer mais apropriado. A computação também fará parte de nossa vestimenta, o que nos permitirá estar 100% do tempo conectado. Lentes de contato que na verdade são displays inteligentes irão finalmente criar a ilusão do holograma e uma espécie de visão biônica, que nos fornece informações em tempo real sobre tudo a nossa, volta será possível.
Tudo é energia: o problema da energia será solucionado com formas de armazenamento muito mais eficientes, que não dependem de processos químicos. Cada movimento do mundo será capturado e transformado em energia: o nosso caminhar, o movimento dos carros, os objetos movidos pelo vento. Toda a energia será reaproveitada, não haverá disperdício. A computação permitirá uma utilizição muito mais eficiente da energia e fará muito mais com muito menos. Energias limpas predominarão e o aquecimento global será controlado.
Enfim, o mundo será muito diferente daqui uns 20 ou 30 anos. Muitos problemas de hoje serão solucionados, outros irão se manter e muitos novos irão surgir. Mas ao contrário das previsões apocalípticas, acredito que o mundo do futuro será um lugar melhor para se viver.
Agora o que fica é a grande questão: o que podemos fazer hoje para tornar essas previsões em realidade amanhã?
Concordo plenamente.
Creio que daqui alguns anos vamos ler esse post e dizer: “Realmente, o Severo tinha razão!”.
E digo isso porque penso da mesma forma.
Muito bom esse post.
abraço
Não kero ter q esperar 20 anos pra ter “Interface por contexto”. Kero isso tudo agora. Gosto das coisas imediatas, gosto q adivinhem o q eu kero e detesto ter q mandar nas máquina, e mtas vezes elas naum obedecem ao meu primeiro comando…
Hehehe. (uma risadinha pra naum parecer tão indignada)
Sabe que eu nao lembrava que ja tinha lido esse post.
Procurei algo no google agora sobre IHC + Ubiquo (Pervasivo) e achei nos primeiros resultados.
Realmente, eu gostaria que fosse tudo para agora (como a Greice comentou), porem, tem mto o que fazer ainda para um dia isso se tornar realidade. Mtos estudos e teses e tudo mais sobre o assunto estao sendo elaborados, porem, na minha opiniao, ainda vai demorar um pouco.
Eu to trabalhando nessa area voltada tambem para ambientes hospitalares, e vejo que no Brasil ha 2 hospitais, se nao me engano, que estao tentando utilizar algo informatizado nesse sentido (e nem tanto nesse sentido, se eh que me entendem).
Mas vamos torcer e continuar lendo, repassando e estudando sobre o assunto, pois esse assunto vai longe ainda ;P
Hoje em dia a computacao pervasiva para nos ainda nao esta completa. E creio que va demorar um bom tempo ainda, tendo em vista que a ideia de comp. pervasiva seja ter acesso a qualquer momento, local e DISPOSITIVO, sendo esse ultimo, o grande problema.
Nao acham?!
Essa eh minha opiniao 😉